Crítica | Fear The Walking Dead – S07E15: Um Insuportável Adeus

Oi, seguimores. Para descontrair, hoje, ensinarei uma receita topíssima de roteiro genial para desfrutar na tardinha de domingo. Você vai precisar de:

  • 2 xícaras de conveniências.
  • 1 e ½ colher bem cheias de diálogos de boteco.
  • 1 pitada de qualquer filme ou série que tenha sua persona em tenra idade, ou qualquer representação que desperte autoconsciência. 
  • 3 colheres de resoluções em offscreen (sentido a gosto).

Ops… site errado.

Confesso que não sei o que dizer sobre Amina além do que já foi mostrada na minha receitinha de roteiro caseiro. Na marca de seu centésimo episódio, Andrew Chambliss e Ian Goldberg não têm a competência de uma comemoração digna — se é que tenha algo há se comemorar — ou prestígio a personagem legado que, numa tacada só, encerra a participação de Alycia Debnam-Carey da série, em umas das despedidas mais modorrentas e borocoxô já feitas, com a personagem destemida caminhando fumaça adentro mais saudável do que nunca depois de desmaiar sete vezes ou mais todos os dias.

Sim, essa ideia idiota de prolongamento do vírus foi tirada da roleta de invencionices na sala de roteiro só para usufruo do artificio que Amina originalmente traz, que é a menininha mascarada como representação de Alicia, com mais semelhanças que as crias bastardas que vão no teste de DNA do ratinho, surpreendendo o total de dois espectadores que ainda assistem — eu incluso. E claro que não podia faltar as filosofias que nos pegam desprevenidos e nos fazem pensar por horas a fio do por quê eu ainda assisto uma série feita por símios bêbados, que abre brecha para vermos e entendermos tintim por tintim do porque Strand merece continuar vivo e navegando ao lado de seus inimi… amigos (?).

Ahhh, e o que falar das mil e uma jangadas na praia? De repente todos tiveram uma epifania com a destruição da torre de Strand e percebem “nossa, estamos em uma área altamente radioativa. Melhor irmos embora”. Só não é tão idiota porque Chambliss e Goldberg tem um pingo de senso de não fazer nenhum deles mencionar isso, por mais escancarado que esteja. Porque de vergonhoso já basta a filinha de despedidas antes de Alicia partir, com direito a Morgan mandando benção via rádio, duas caixas de diálogo para o rabino, retorno do irmão gêmeo do caçador de recompensas visto em Breathe e confissão de amor recíproco de Alicia para com o pobre coitado Victor (conheçam o drama do homem que perdeu tudo…).

Mas, sério, entrando no cerne de tudo. Se a ideia era fazer uma despedida para Alicia, que injustamente não reencontrará com sua mãe porque sim, era melhor matar de uma vez. Já basta os finais em aberto desse zumbiverso à fora de Rick e Michonne (e Althea, mas ninguém liga). Amina tinha a faca e o queijo para encerrar de forma digna a trajetória de Alicia Clark (é o 100º episódio!!) e podia muito bem subir alguns pontos caso o fizessem, mas contentaram-se com pássaro voando e sósia mirim. Vacilaram e apelaram confirmando de antemão o retorno de Madison para tapar buraco. No fim do dia, só tenho a agradecer por restar só mais um episódio. 


Nota: de rodapé 


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Douglas Gomes
Douglas Gomes
Jogador profissional de banco imobiliário e apresentador de stand up no chuveiro. Nas horas vagas, tocador de guitarra de ar. Um crítico longe de medíocre.

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