The Walking Dead – cinco motivos para sua audiência incrível

Ao passo em que os números espetaculares de sucesso de The Walking poderiam ser dificilmente previstos, os últimos episódios da série da AMC realçam de forma ótima alguns dos ingredientes chave. De fato, quase cada batida deste episódio esplêndido reforça porque é mais do que os filmes e séries sangrentos e comuns que costuma assistir, embora houvesse certamente algo disso também.

Além das qualidades mais óbvias – ação, suspense, armas legais (bestas, espadas samurais, facas, minha nossa!) e de dominar formas novas e criativas de esmagar e explodir cabeças de zumbis – aqui estão cinco atributos, sem uma ordem específica, que distinguem a série e foram particularmente bem representados nos últimos episódios.

 

1. Ambiguidade Moral

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Toda a troca emocional entre Rick (Andre Lincoln) e Carol (Melissa McBride, simplesmente sensacional nestes últimos episódios) realça a questão principal que ecoa pela série – isto é, como as pessoas conseguem manter sua humanidade e senso de valores em meio a um cenário apocalíptico onde a sobrevivência é constantemente ameaçada e , em termos de civilidade, todas as apostas parecem ser contrárias.

A prontidão de Carol para cometer dois assassinatos pelo bem coletivo, revelada no 3º episódio da temporada semana passada, forçou Rick – que também quebrou seu voto inicial sobre não matar os vivos – a contemplar o que significa cruzar o limite, onde quer que este limite possa estar.

Quando o pragmatismo se torna crueldade? Não existe uma resposta simples, especialmente dadas às perdas pessoais que os dois personagens sofreram durante seu curso na série, e sua troca emocional focou de forma excelente essa tensão.

2. Diversidade sem esforço

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O roteiro secundário do enredo tratava de quatro personagens em busca de suprimentos médicos. Enquanto isto acontece, três deles (interpretados por Danai Gurira, Chad Coleman e Lawrence Giliard Jr.) tornam-se obscuros.

Muitas séries demonstram diversidade, mas The Walking Dead tem sido bem-sucedida em apresentar um amplo espectro de atores que se apresentam de forma completamente natural – talvez porque em parte, uma vez que o apolicapse zumbi chega, as únicas distinções que importam são “viver” e “mastigar carne”.

3. Esvaziando-se de personagens – e recarregando

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É incerto se nós vimos Carol pela última vez, mas assumindo que ela foi retirada pelo bem, esta é a última partida de um elenco que se esvaziou quase por inteiro exceto por Rick e seu filho Carl (Chandler Rigger) e Glenn (Steve Yeun). E antes que alguém grite “Daryl!”, “Norman Reedus”, o manejador de bestas caipira não apareceu até certa parte da primeira temporada.
Obviamente, há uma explicação pra isso na HQ de Robert Kirkman, mas a noção de esvaziar personagens chave tão caoticamente quanto em The Walking Dead vai de encontro a todas as noções de manutenção de franquia na TV e tem ajudado a manter o programa novo e a audiência de guarda baixa.

O ex-roteirista Glen Mazzara redigiu uma coluna em primeira pessoa interessante sobre isso, concluindo, “Eu conto histórias. Nem todas têm finais felizes. Nem todos fazem isto em casa.” Simplesmente colocou, sem necessidade de relação com The Walking Dead, uma nota dizendo, “Aumente as apostas.”

4. Elenco Magnífico

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Séries adaptadas raramente conseguem o crédito que merecem, mas The Walking Dead tem sido especialista em adicionar personagens interessantes, incluindo Scott Wilson como o “vovô” Hershel. Há também um elemento de boa sorte do qual se suspeita que nem mesmo os produtores se deram conta do que tinham em Riggs, um ator mirim que tem literalmente crescido de forma especialmente ressonante.

5. Uma humanidade oculta

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Francamente, esta é uma área em que The Walking Dead ocasionalmente tropeça, ou no mínimo negligencia, quando apanhada no processo de suprir o sangue ao qual a audiência tende a se agarrar quando um episódio não apresenta tripas de zumbis o suficiente.

No entanto, por vezes a série lembra os telespectadores que aqueles cadáveres foram de fato pessoas, enviando Rick e Carol a uma vizinhança suburbana, onde a câmera passeou por fotos familiares. Com certeza, eles são monstros desprovidos de mente agora, mas eles não o eram antes do mundo se tornar um inferno – provendo um mero sabor de perdas decepcionantes experimentadas por Rick antes de ele ter acordado do coma.

Qualquer show que conquiste os tipos de números que The Walking Dead apresenta está sendo assistido por uma série de motivos diferentes – incluindo por pessoas com bunkers abastecidos esperando que alguma versão do Armagedom aconteça de verdade. Além disso, times da rede executiva e sociologistas estarão sem dúvida analisando muito mais fatores pelos anos que estão por vir.

Fonte: Variety


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Caio de Brito
Caio de Brito
Estudante de Letras, professor de Inglês e tradutor ocasional. Leitor aficionado. Músico e compositor.

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