The Walking Dead 4ª Temporada: A nova personalidade de Brian Caolho

O sétimo episódio da série de drama da AMC, The Walking Dead, deixou mais dúvidas que esclarecimentos. O roteiro de “Peso Morto” foi escrito por um novato da AMC, mas que fez um trabalho bem desenvolvido e sistemático. O enredo pressionou Brian o tempo inteiro a assumir a liderança do acampamento. O Brian voltou a ser o que era, só que um pouco pior. É realmente estranho estar alegre por ele ter voltado a ser um maníaco. Mas foi um alívio saber que ele é o que exatamente pensávamos que era. Sua natureza foi se reafirmando pouco a pouco.

Brian se depara todo o tempo com seu passado. Este foi um episódio complexo e cheio de reflexões. Do que ele foi quando criança, de quem ele é, do que ele pode ser. No episódio, ele consegue mencionar seu pai, seu irmão, sua relação familiar e até traumas de criança. Os corpos pelo caminho incriminando alguém de “Assassino, Estuprador, Mentiroso”, além de cabeças espalhadas como coleção e uma família zumbi. Soa familiar para Brian, e a carapuça serviu bem. E ainda teve Martinez a perturbá-lo, sempre comentando sobre ele. Brian realmente precisou matar Martinez, mas ele não queria isso. Martinez errou em um ponto crucial, dando muita abertura para perguntas curiosas ao passado do Brian. Tornou-se uma ameaça para ele, e ninguém admitiria o que ele fez e quem ele foi, e ainda é. Se ele quer manter aquela família com ele, Martinez é uma ameaça eminente e ameaça precisa ser eliminadas. Ele deu, inclusive, a oportunidade ao Brian de fazer isso.

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Os novos personagens foram bem desenvolvidos, menos Alisha que se mostrou bem independente, mas o pouco que sabemos dela é que serviu no exército e tornou-se namorada de Tara. Pete foi soldado do exército, serviu no Fort Benning após o apocalipse zumbi, e faz estilo “Herói” Forte, Leal, Honesto, porém medroso com os zumbis. O que o faz fraco. E sua bondade também é uma ameaça para Brian. Em minha opinião Pete o faz lembrar-se de seu irmão, intensificando pela imensa satisfação de vê-lo morto no rio. Mitch (Kirk Acevedo) “O fim do mundo não é nada quando se tem um tanque.” Ele observou melhor a personalidade de “Bri, o Caolho”, e mostrou-se nervoso e impulsivo.

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Recentemente, Scott Gimple, produtor executivo e showrunner da série The Walking Dead, deu uma entrevista ao The Hollywood Reporter, perguntando-lhe: O governador assume o controle da comunidade de Martinez. Faz tudo parte de um plano maior para reivindicar a prisão?

Não, o Governador absolutamente não esperava que isso acontecesse e isso era algo que ele estava tentando resistir. Ele foi absolutamente tentando evitar tornar-se um líder no grupo de Martinez. A forma que ele mata Martinez é um momento de muito conflito, e ele mostra isso dizendo: ‘Eu não quero isso eu não quero isso.’ Foi um ponto de raiva e insatisfação para ele. A liderança era tudo o que ele não queria, mas ele também não queria amor e anexos, que é, aparentemente, de uma nova mulher e da menina e ter uma família novamente. Ele também está recebendo coisas terríveis que ele não queria, também.

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Todo o episódio tem um clima delirante e de “sonho”. Os diálogos críticos fortes, os eventos extremamente simbólicos, a qualidade de pesadelo em cima de Brian o tempo todo. Simbolismo, metáforas, conversa com duplo sentido e às vezes bem ambíguo. Muita água por toda parte, vazamento e lago sem peixes, zumbis icônicos e pântano de walkers. A água no fim mostra um significado de morte, algo sombrio que vem de dentro do Brian. Após matar o Pete, ele completa a transição de sua loucura, agindo novamente como Philip. E por fim ele resolve montar seu novo “aquário”, mas desta vez tem uma característica distinta e muito mais psicodélica que antes. Por vez, ele fez a fundição completa das personalidades, e ao que parece ele está mais transtornado e desta vez, realmente mais psicótico e bastante perigoso. Até seus movimentos o incriminam, agindo como líder, cochichando ao ouvido de seu comparsa. Ele não foi parar na prisão à toa. Antes, à noite, ele circulou o local da prisão no mapa. Pois é, o Philip retornou, e pior que nunca, mas não que ele esteja fora de si. Alguns realmente irão cair. Há algo grande vindo por aí. Mas em um mundo onde a moralidade de todos pode ser expressa em tons de cinza, o seu é um carvão muito, muito escuro. “Peso Morto” nos lembra de por que ele é conhecido como o governador e não “Caolho Bri”.

Este episódio também marca o fim do arco solo de dois episódios do Governador, o que significa que temos que esperar mais uma semana até que descobrir sobre as consequências do vírus da gripe e da decisão de Rick para o exílio Carol. É também o penúltimo episódio antes da MidSeason Finale, mas vamos ignorar isso agora, por hora, uma vez que eu não estou mentalmente preparada para lidar com isso ainda.

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Outras Observações:

– Como eu mencionei acima, “Caolho Bri” foi bem simbólico, mas ainda assim, o Philip ainda é ele também, por aquela família. A dualidade interna não existe mais, a luta já terminou, e o Brian ainda existe em Philip. Eles se fundiram em uma só personalidade bem doentia, mas movida pelo amor também.
– A visão do governador sobre a vida, que a sobrevivência é igual a matar, situa-se em um forte contraste com a visão de Hershel que foi explorado um par de semanas atrás. Tendo em vista, o auto sacrifício de Hershel e recusando-se a deixar ir de qualquer um é o caminho para salvar vidas. O que é também um forte contraste com quem Carol se tornou.
– Nota-se que o Governador tem abstêmia com abnegados “heróis”, e é remontado mais longe do que o apocalipse zumbi, como o governador recita uma história da infância de seu irmão, o herói, levando uma surra para ele. E, no fim, ambos foram derrotados de qualquer maneira. Ou seja, não vale a pena ou o esforço.

Fontes: SpoilerTV|EW|THR


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Rê Lua
Rê Lua
Maníaca pelo mundo de The Walking Dead

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