The Walking Dead 4ª Temporada: O terror psicológico do 14º episódio

ATENÇÃO: Este conteúdo contém SPOILERS sobre “The Grove”, 14º episódio da série de TV The Walking Dead. Prossiga por sua própria conta e risco!

The Walking Dead fez a sua apresentação do 14º episódio, “The Grove de forma memorável. Ele mistura a inocência do presente com a tragédia, e também os fantasmas do passado. Filmes de terror muitas vezes retratam tal combinação – se é um fantasma criança, como em “O Iluminado” ou uma criança brincando com um objeto mal, como em “Chucky”.  A loucura e intensidade desta cena, cercada por nozes, uma chaleira aos gritos e uma música suave me recorda os filmes mais antigos, onde a calmaria é só um disfarce para algo bruto e muito doloroso de se ver. A garota, logo no início quando brinca com sua amiga zumbi – é de uma doçura, mais tão suave quanto o seu pior pesadelo. É por isso que a abertura de “The Grove”, mostrando Lizzie correndo ao redor do quintal campestre, como se fosse um jogo, com a música da década de 1940, infelizmente, tocando no fundo, e a imensa distância da normalidade de uma cozinha.

Foi absolutamente arrepiante e perfeito. “The Grove” também lidou com fantasmas, abrindo espaço para a desgraça, e mudando para se adaptar a um novo mundo onde os mortos não mais a base, mas a sua mistura com a vida. Uma introdução digna de filme Thriller de Terror e foi extremamente intrigante de se ver o que Lizzie era, em todo o episódio. Finalmente, ou mais uma vez, reconheço a qualidade da escrita de Scott M. Gimple – são incríveis como os diálogos dos personagens se encaixam, enquanto, tudo acontece ao redor – que é sempre notória. Ele não deixou nenhum detalhe perde-se ao longo dos acontecimentos, e como citado na própria sinopse, circula-se em um lugar bucólico – que significa campestre, mas também o que é singelo, puro e ingênuo – assim como o episódio é desenvolvido a partir disso: Entre a doçura e a ingenuidade que não conseguem mais existir neste universo apocalíptico.

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A culpa que Carol sente dentro de si é constante, e só ao ver Tyreese ela já é punida. Precisarei citar, que situação deplorável para Carol! Em seu íntimo é possível saber que ela sempre só quis proteger os outros, porém o fardo disto é muito mais pesado do que parece – e meu receio dela não conseguir continuar com tudo isto, é muito grande – e infelizmente, não há para onde fugir se o fardo permanece dentro dela. Tyreese meio a pesadelos e pensamentos que oscilam entre felicidade e assombração expõe abertamente seu caráter e sua personalidade honesta. Não que Carol não seja honesta, ela o é, mas ela sabe como conviver com este mundo. “Melissa McBride” é uma atriz incrível e conseguiu explanar todos os horizontes que a sua personagem poderia seguir, que já seguiu – devido ao que lhe foi ensinado – e que seguirá. Esta personagem é forte demais para morrer nesta temporada – e eu ficaria profundamente abalada se isso ocorresse, o que exatamente me faz temer a Season finale. Tão chocante como a morte de Hershel, seria a Carol, para os fãs de The Walking Dead.

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Não foi somente Lizzie Samuels, a sua psicopatia, insensatez, ou doidice que me chamaram a atenção, mas todos os personagens em si. Até a Judith se fez perceber neste enredo, o que é de grande apreço para a série de TV. Pois é – para mim este foi o episódio mais completo de The Walking Dead nesta quarta temporada, preenchendo todas as lacunas deixadas na primeira parte, e até sobre a segunda parte. Talvez, Scott Gimple seja melhor escritor que produtor. Ele deveria retornar ao seu posto e entregar a produção da série à outra pessoa – não só “Melissa” Carol, mas “Kyla Kenedy” Mika Samuels demostrou seu talento para atuar, mostrando o significado de ingenuidade e pureza, e tudo o que Shofia era foi relembrado mais uma vez, nos recordando o primeiro episódio da segunda temporada, com a presença do corvo e o quão lastimável foi o fim daquele episódio.

“Brighton Sharbino”, a Lizzie e sua rudez, choca de forma tosca em uma cena chocante onde ela mata sua irmã em sua antítese a tudo que é suave e imaculado, e com suas mãos ensanguentadas, deixou a todos sem palavras com seu sorriso doentio. Que Contraste grosseiro e assustador! Foi perfeito ver como tudo aconteceu – e que construção de cena brilhante! Mika morta, e a pobre Judith engatinhando prestes a ser morta por Lizzie também – e como logo depois, olhando para as flores, Carol deu um tiro na cabeça de Lizzie. Que episódio emocionante, chocante e repugnante psicologicamente. Assim como “Pretty Much Dead Already”- também escrito por Gimple – com um conteúdo excelente e qualidade digna de ser dita mais uma vez – Sim, isto é The Walking Dead, meus amigos – e que dificilmente esqueceremos.

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Observações sobre o episódio:

  • – A tumba que pertence ao bebê enterrado com sapatinhos dourados, já estava lá quando os personagens chegaram à cabana.
  • – A Lizzie alimentava os walkers da prisão, assim como também dissecava coelhos, por diversão, e guardava ratos em uma caixa.
  • – A fumaça de um incêndio mostrado pode ter sido resultado da casa que Daryl e Beth queimaram anteriormente. O que indica que Daryl pode está mais próximo da Carol agora, mas isto é só uma observação. Já a Beth, obviamente não.
  • – Sim, Judith está viva, em estranho acessório nas costas de Tyreese. É possível vê-la ao fim do episódio.
  • – A música tocada no início é “Maybe” criada por Allan Flynn e Frank Madden, lançada em 1935 e chegou a ficar em 2º lugar nas listas.

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Rê Lua
Rê Lua
Maníaca pelo mundo de The Walking Dead

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