A coluna semanal de multi-análises do The Walking Dead Brasil está aqui! É o The Walking Lines, abordando diversos pontos de vista sobre o 11º episódio da 3ª Temporada, “I Ain’t a Judas”.
A ideia da coluna é proporcionar múltiplas visões e discussões mais aprofundadas. O formato ainda está em fase de testes. Críticas e sugestões de melhorias sempre são bem vindas. Veja também os comentários do The Walking Lines dos episódios anteriores da 3ª Temporada.
Lembrando que além das análises da equipe do site The Walking Dead Brasil, abrimos o espaço para todos os fãs da série criarem suas próprias resenhas para publicação. Não deixe de conferir os selecionados desta semana! E em seguida começaremos edições especiais do The Walking Lines, analisando os personagens e a temporada!
Hold On
Por Lorraine Guimarães (Facebook / Youtube)
Andrea, Andrea… Quase tive uma overdose de Andrea em “I Ain’t a Judas”. Finalmente.
Vê-la novamente “integrada” ao grupo da prisão foi legal. Eu esperava por isso á bastante tempo, mas talvez não dessa forma. Precisei lembrar a mim mesma de que as conversas são importantes de vez em quando, e que o foco da série no momento não está apenas nos zumbis.
Andrea começou a destrinchar o grande conflito em que se meteu desde que conheceu o governador. E em uma tentativa de apaziguar a “guerra” ela acaba descobrindo que seus antigos parceiros de sobrevivência foram atacados e não ao contrário. Agora todos estão arredios e desconfiados. Mas já era de se esperar, assim como toda a reação do Rick em revista-la como se jamais tivesse feito parte do grupo.
Sua mente parece carregada e cheia de nós. Afinal, em quem confiar? No grupo que a deixou sozinha na floresta ou no cara que lhe ofereceu casa, comida, sexo e segurança? Você trocaria isso por uma amizade como discursou a Michonne? Continuo achando que foi ela a abandonar a Andrea e não ao contrário. Assim como ouvimos o Daryl dizer à seu irmão em “Home”.
O conselho valioso de Carol não seria tão simples assim de ser seguido. Talvez a Andrea pudesse ter acabado com todo o conflito em meio segundo. Mas não queremos isso, ou queremos?
Quase uma hora inteira que simplesmente passou. Não sei dizer se foi graças á trama em si ou pela ansiedade. Mas quando percebi já tocava “Hold On –Tom Waits” Fiquei feliz por finalmente ver alguma trilha sonora na série, principalmente desse nível. Sem dúvidas foi um dos pontos altos do episódio.
Escolhas
Por Bruna Evelyn Ribeiro (Twitter / Beleza Geek)
Depois do furacão que foi o episódio passado, essa semana voltamos ao estilo de episódio mais reflexivo e com menos ação, mas não menos importante. Alguns pontos que muitos de nós questionamos, foram abordados. Um deles é a postura da Andrea. Sempre perguntamos de que lado ela iria ficar. Eu pelo menos ainda não tenho certeza de qual ela vai escolher, mas uma coisa é certa, ela não tem forças para fazer mal ao Governador.
Nesse episódio, ficou claro que se para proteger seu grupo original, ela tiver que tomar alguma atitude dessa, ela deixará todos na mão. A badass Andrea que arrancou os braços do zumbi para torná-lo seu pet, enquanto o pobre Milton ficava apavorado com a situação, não teve coragem de seguir a sugestão de Carol. Será que ela escolheu seu lado naquele momento? Acho que precisaremos de mais alguns episódios para responder essa pergunta com certeza.
Enquanto isso, o Governador tem sede de vingança, sem se importar com os outros. Faz seu recrutamento para montar o exército e quanto mais gente melhor. Ao insistir que um garoto asmático faça parte disso, ele deixou mais do que claro que não se importa com as pessoas. No caso de recusar a senhora com artrite não foi por cuidado, mas sim porque ela não conseguiria segurar uma arma e seria inútil. Ele quer usá-las para lutar e fazer o maior estrago possível em sua vingança.
Creio também que o próprio recrutamento e todo esse treinamento é uma forma de dizer às pessoas “aquelas pessoas são más. Elas nos atacaram e agora a única chance de vocês é se juntarem a mim e lutarmos juntos, mesmo que isso ponha em perigo a vida de seus filhos adolescentes. Vocês não têm escolha. Precisamos juntar tudo o que temos para poder vencer.”
Entreato para o desastre
Por Jordan Florio de Oliveira (Facebook / Contos diversos do autor no Wattpad)
Chamamos de entreato, em teatro , uma pequena série de eventos que liga um ato ao outro de uma peça ou ópera, e foi exatamente isso que este episódio de The Walking Dead.
O melhor de todos os entreatos, na minha opinião.
Tivemos reflexão desde o começo do episódio, quando Carl demonstra uma grande maturidade ao aconselhar ao pai para que descanse, e Rick, demonstrando uma confiança cada vez maior do filho, segue o conselho, deixando a direção da prisão com Daryl e Hershell.
Enquanto isso, o outro Dixon tenta resolver as suas pendências, demonstrando muito mais cultura e capacidade de entendimento do que as pessoas presumiam ao vê-lo se comportando como um troglodita. Eu acredito que como as coisas caminham, talvez Merle tenha, em breve quase o mesmo carisma de seu irmão mais novo.
Andrea foi definitivamente a personagem principal do episódio, com sua coragem, temperança e senso crítico ela até fez a sisuda Michone sorrir, mesmo que tenha sido de sarcasmo, e cada vez mais percebemos, através das comparações de atos e palavras, que Rick e o governador estão muito similares, ambos homens fatigados e embrutecidos pela tragédia de uma vida apocaliptica.
Na minha opinião, porém, o fato surpreendente do episódio foi o grupo de Tyresse ter se “bandeado” para Woodbury. Quem disser que já esperava por isso ou que já sabia (sem ter lido spoilers, claro) está mentindo, pois não havia nenhuma pista do destino deles. Fora que esta reviravolta deu um segundo sentido ao título “Eu não sou um Judas”.
A pergunta que fica é muito simples: o que será que Tyresse e Andrea vão fazer quando a guerra for lançada? Quem sairá vivo dessa? Mesmo quem já leu a Hq já não pode mais ter certeza de nada e isso torna The walking dead muito excitante, pois as surpresas nunca acabam.
Lealdade abalada
Por Will Cardozo (Facebook)
O mais recente episódio da terceira temporada de The Walking Dead, “I ain’t a Judas”, apesar de poucas cenas de ação efusiva, focou mais no velho estilo “conversação”. E mais do que isso, temos um enfoque principal na personagem Andrea. O título do episódio – traduzido por: “Eu não sou um Judas” nos remete ao personagem bíblico caracterizado por trair Cristo; deste modo, juntamente ao enfoque sobre Andrea, seria ela equiparada a Judas? Mas com relação a quem? Ao grupo que saiu de Atlanta, ou ao Governador? Mesmo em Woodbury, e visivelmente encantada pelo Governador, Andrea ainda demonstra sua afetividade pelo grupo de Rick, porém vemos uma lealdade já abalada, pois se mistura com a aproximação que ela teve com Philip; por isso ela não teve a coragem de realizar o ato planejado na prisão. Agora nos resta a pergunta: até quando Andrea ficará com essa postura conciliadora? Ou será que em algum momento ela se revelará um Judas? Seja em Woodbury, ou seja na prisão. Mais uma vez, aguardemos!
ANÁLISES DOS FÃS
Expandindo ainda mais o conceito de múltiplas resenhas, com pontos de vistas diferentes, temos a seguir as análises selecionadas dos fãs de The Walking Dead, para enriquecer ainda mais o debate. Estas análises foram selecionadas a partir da coluna [DISCUSSÃO] The Walking Dead 3ª Temporada Episódio 11: I Ain’t a Judas.
Quer participar dos próximos debates? Então fique de olho no TheWalkingDead.com.br pelo Facebook e Twitter para saber em primeira mão assim que for aberto a página de discussão e seleção de análises da segunda parte da 3ª Temporada!
Análise do sobrevivente Marcelo Neri
As pessoas aqui estão muito preocupadas com a ação. Não entendem que gerenciar um grupo num momento de crise dentro de outra crise, exige muito do líder. Acho uma pena Rick não ter aproveitado a mão de obra que caiu do céu quando o grupo do Tyresse apareceu. Aquele teria sido um momento decisivo para a defesa do grupo. Este é o reflexo de Rick. Um personagem que como líder, nunca foi lá grande coisa. Cresceu bastante nesta última temporada, e quando finalmente começou a fazer diferença, passou a sofrer de alucinações.
A respeito do governador, antes de falar do personagem, eu gostaria de expressar aqui a minha decepção com a escolha do ator que o interpreta. Acho que no dia da gravação, o ator faltou por algum motivo e enfiaram um figurante qualquer que ainda não tinha ido para a maquiagem de zumbi para o papel.
Voltando ao personagem, acredito que a palavra “babaca” foi criada para ele. Mentiu para Andrea dizendo que não haveria retaliações, e inicia uma guerra desnecessária que vai consumir grandes recursos de ambas as partes. Sem recursos, como enfrentar os desafios como combater outros grupos rivais que venham a aparecer?
Eu parei de ler os quadrinhos quando o bando do Rick chegou à prisão. Estou mais focado mesmo na série e conversando com outros fãs, descobri que os americanos simplesmente detestam a Andrea. Quando lhes pergunto o porquê disso, eles têm as desculpas mais esfarrapadas possíveis.
Análise da sobrevivente Isis Garcia
Esse foi mais um episódio que dá algumas deixas para os próximos. Mas se for analisar o todo, gostei bastante de algumas partes! Humanizar Merle foi uma boa jogada (só trabalharam os pontos negativos dele até esse momento).
Andrea mais uma vez não me surpreendeu com a sua empatia e agora com seu deslumbre com o Governado. Saber também que a Michonne esta integrada com o grupo me deixou satisfeita. Já o grupo do Tyreese se aliando ao Governador (vai ser bem perigoso para quem está na prisão, já que eles sabem os pontos fracos e as brechas do lugar) isso sim me surpreendeu! Mas, uma das coisas que vem me agradando nessa temporada é a maturidade do Carl e como ele vem assumindo a responsabilidade de um dia num futuro não muito distante ser o sucessor do Rick.
Análise do sobrevivente L@zarus_Rising
Agora que não está mais brincando de casinha, o Governador começou a recuperar todo tempo perdido. É evidente que não se importa mais com Woodbury. Como vingança é a ordem do dia, a população está sendo convertida em soldados descartáveis. E mais um personagem-chave da HQ vai para o lado do Governador: Tyresse. Por favor, produção, não estraguem o Tyresse.
Bem, escrevi que Merle não melhoraria. Mas, foi prematuro. Ele compartilha conselhos estratégicos, cita a bíblia de memória e, pasmem, não trata ninguém com sarcasmo!
Não levei muito a sério aquele olhar marejado de Merle, no episódio anterior. Mas, parece que tentarão humanizá-lo também. Se for mesmo isso, em breve TWD ficará melhor com um subtítulo: The Dixon’s Redemption.
Agora que o Governador está abraçando a vilania, parece que Merle pode ser regenerado. É esperar para ver aonde isso vai dar.
É lógico que as grandes surpresas sempre vem de onde menos se espera. Carol, dando aconselhamento para a tática “viúva-negra” foi algo inesperado. Justo ela, que vivia com um monstro (o cara provavelmente molestava a própria filha) e nunca fez algo do gênero, recomenda na maior tranquilidade. No mínimo, ficou estranho.
Infelizmente, Andrea continua mestra na especialidade criada para ela: não agregar nada! Ela bem que tenta. Só que não dá certo. Tenta ser ativa em Woodbury , mas, no fim, ninguém a respeita. Tem todas as provas e testemunhos do mundo sobre o mau-caráter do Governador e ainda fica confusa. Consegue descer mais um degrau, seguindo o conselho da Carol, resultando em uma cena que não gerou expectativa nenhuma. Ou alguém pensou realmente que ela mataria o Governador?
Sei lá, mas Andrea é um personagem que vem sendo desenvolvido num ritmo inacreditavelmente lento. E isso é uma pena.
Por fim, adorei ouvir Michonne conversando e se explicando. Essa personagem precisa de diálogos, bem mais do que parece.
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A discussão está longe de terminar. O que achou dos pontos levantados pela equipe do site e pelos fãs da série? Concorda? Discorda? Tem pontos de vista diferentes dos abordados aqui? Comente conosco!
