The Walking Lines: Discussão sobre o S04E01,“30 Days Without An Accident”

Após o longo hiato, a nossa coluna de análises está de volta, abordando diversos pontos de vista sobre o 1º episódio da 4º temporada “30 Days Without an Accident”.

A ideia da coluna é proporcionar múltiplas visões e discussões mais aprofundadas. Lembrando que além das análises da equipe do site The Walking Dead Brasil, abrimos o espaço para todos os fãs da série criarem suas próprias resenhas para publicação. Não deixe de conferir os selecionados desta semana!

 

Retomada regular

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Por Bernardo Brum

“30 Days Without an Accident” tem tudo o que a gente se acostumou e aprendeu a gostar em Walking Dead: tensão, perigo, questionamentos morais, diálogos culpados e perturbados, mortes repentinas e praticamente anti-climáticas na secura conferida à abordagem. Mais de um mês após o fatídico dia em que a prisão e Woodbury entraram em guerra, as pessoas lentamente começam a se reestruturar em sociedade – e é claro, para variar, justamente por causa disso esses dias sem acidentes começam a serem desenhados a um arco dramático que acabou de ser aberto.

Porém, eis a faca de dois gumes aí: 30 Days, como não pode dar muito prosseguimento, apenas lançar sementes, adquiriu um caráter transitório entre o tenso e dramático final da terceira temporada e algo que já sentimos o cheiro e o ruído ao longe, mas nesse caso em específico acabou servindo mais como um “esquenta”.

Kirkman mostra que no mundo que criou se a sociedade existe, é para ser abalada, destruída, reestruturada e questionada mais e mais vezes. É notável perceber como todos aqueles personagens são no dia a dia: indivíduos já endurecidos pelas perdas, que já não choram compulsivamente ou entram em choque traumático, ou vivendo à sombra de um medo que confunde e amedronta – o discurso é mais maduro, mais realista e notavelmente mais racional. Após tanta raiva e intimidação provenientes de mentalidades totalitárias e extremistas, os sobreviventes de Walking Dead aprenderam que só o diálogo constante que nos ajuda a compreender, que nos ajusta como nós somos, que nos torna semelhantes.

E é claro que esse estilo de vida, aqui “morno” porém com alguns bons momentos de tensão, vai ser profundamente abalado e seus personagens vão ficar mais uma vez imundos de sangue e devastados. E, é claro, eu mal posso esperar pra ver.

 

Chuva de Zumbis

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Por Bruna Evelyn Ribeiro – BelezaGeek

Confesso que quando comecei a assistir eu achei que o episódio seria meio parado. Aquele começo tranquilo, todo mundo na sua rotina, mostrando como estão vivendo. Mas mesmo calmo, teve alguns fatores que dão para destacar. Carl já mudando a voz, Beth com um namorado que, pelo que pareceu, se esforça para não se apegar.
Tudo calmo, até que surge uma mulher estranha enquanto o Rick está na floresta. Creio que eu não devo ter sido a única a achar que era um zumbi à primeira vista. Já dava pra perceber que ela ia aprontar alguma. Então, enquanto fiquei na expectativa do que ela ia fazer, eis que começa uma chuva de zumbis do nada! Aí sim começa a festa! Zumbi pendurado pelas tripas, caindo e se espatifando no chão, pedaços soltando e nessa com certeza alguém tinha que acabar morrendo. E foi aí que pensei na Beth não se apegando ao namorado. Acho que naquele mundo de caos essa é uma decisão inteligente.
Quando parecia que não teria mais baixas nesse episódio, Patrick começa a apresentar estranhos sintomas, até que morre de repente e se transforma. Algo que chamou a atenção foi o sangue nos olhos, do mesmo jeito do zumbi que aparece na cerca no início do episódio (e no final também). Minha teoria para isso é que pode ser alguma infecção vinda da comida, já que o porco fica doente também. Se for realmente algo assim, creio que Patrick tenha sido apenas o primeiro e logo surgirão outros com os mesmos sintomas. E a partir daí começará a batalha contra zumbis dentro da própria prisão, assim como podemos ver no trailer. E claro, mais pessoas morrendo no processo.

 

Reciclagem surpresa

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Por Henrique Fonseca – Furianópolis

Após assistir ao primeiro episódio da quarta temporada, confesso que fiquei com um pensamento em destaque: Daryl tem que sair de cena. Acho que o personagem de Norman já deu pro gasto, já foi o queridinho da turma por muito tempo, estamos precisando de um novo “O Cara”. Não nego que adorei e adoro o Daryl, mas está se tornando cansativo este rabugento com sua “besta” e uma moto muito maneira, algo novo é sempre bem-vindo. A surpresa do episódio, mesmo sabendo de antemão, foi a aparição de Vincent Martella, o “ChriseGreg” de Todo Mundo Odeia o Chris. Embora curta, sua aparição foi boa e seria um ótimo personagem carismático e palerma ao longo da série. Martella, junto com Norman, Scott Wilson e Bernthal são os mais famosos que vi até agora, pelo menos os que eu me lembre até então.

 

Violet

1184877_580187378695311_2106291711_nPor Lorraine Guimarães

Parece que a ideia de trazer novos sobreviventes não foi tão ruim. Quanto mais pessoas, mais proteção. E mais problemas, é claro.

O primeiro fato que me chamou atenção foi o Carl. Ele parece ter retornado de onde parou na primeira temporada, e foi quase como se as outras duas não tivessem existido em seu psicológico. Fiquei feliz por vê-lo menos psicopata. O Rick também foi uma grata surpresa, ele está mais equilibrado e interessado em manter o caráter à níveis aceitáveis.
A mulher da floresta foi o retrato exato do que o nosso líder estava se tornando. Poucas cenas em The Walking Dead foram tão fortes e marcantes, embora o desfecho tenha sido óbvio desde o primeiro momento em que ela foi apresentada.

Outra questão retratada aos poucos foi a morte do Patrick. Ela começou com a porquinha Violet doente, passou pelo estranho zumbi de olhos sangrentos, depois apareceu como um simples mal estar, culminando na morte do personagem.
Será que o grupo vai encarar uma nova epidemia? Uma evolução do vírus zumbi?

 

Beth Greene

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Por Jordan Florio de Oliveira

Surpresa e alívio, eis a palavras que me vieram a mente quando assisti o novo episódio de The walking dead. As reviravoltas e alterações, explicadas por alguns meses de relativa paz e uma comunidade muito maior fizeram com que nossos personagens favoritos tivessem novos pontos de vista mostrados. Dessa vez, porém, eu quero falar de uma personagem que aparentemente vai ganhar um destaque diferente nesta nova temporada: Beth Greene.
Durante toda a terceira temporada a bela cantora teve importância menor no desenvolvimento da trama, sendo no máximo a babá da pequena Judith junto com Carol, mas neste prime iro episódio ela já demonstrou uma nova faceta: a força das pessoas frágeis.
Eu li comentários na internet, comparando a reação que ela teve quando soube da morte de seu namorado em uma patrulha com os atos de Lori e Andrea, associando seu comportamento de aparente desapego a um desvio moral. Nada mais equivocado.
As pessoas que dizem isso esquecem-se de analisar o histórico da personagem: filha mais nova de um fazendeiro, viu a família e seu lar serem destruídos, teve de encarar seu irmão mais velho como um zumbi. Fácil julgar a conduta moral de alguém com a vida destruída sentado no sofá de casa ou da cadeira na frente do computador. Gostaria de ver como esses detratores reagiriam se submetidos a mesma carga emocional.m Fora isso, temos muitas tramas simultâneas correndo, o que deixa o episódio muito mais dinâmico e poderoso, e com certeza este primeiro episódio reacendeu meu interesse pela série, depois do frustrante final da terceira temporada.

 

ANÁLISES DOS FÃS

Expandindo ainda mais o conceito de múltiplas resenhas, com pontos de vistas diferentes, temos a seguir as análises selecionadas dos fãs de The Walking Dead, para enriquecer ainda mais o debate.

Quer participar dos próximos debates? Então fique de olho no TheWalkingDead.com.br pelo Facebook e Twitter para saber em primeira mão assim que for aberto a página de discussão e seleção de análises da segunda parte da 4ª Temporada.

 

Análise do sobrevivente Lazarus Rising

Finalmente, TWD retorna. E, ao menos para mim, serviu para quase espantar a presença nefasta do Mazzara. Esse episódio teve um pouco de tudo. Atualizou o cotidiano do asilo/creche que o Rick montou na prisão. Introduziu novos personagens. Depois, os colocou na pior e mais criativa arapuca que vi até agora na série. E, ainda melhor, plantou uma ideia que pode mudar tudo.

Infelizmente, o episódio também ressuscitou alguns leves Mazzarismo. Essa história de Rick psicologicamente fragilizado deveria ter sido enterrada (e bem fundo) na 3ª temporada. Afinal, a adoção de Woodbury supostamente serviu para Rick fazer as pazes consigo mesmo.

E novamente tivemos um personagem desafiando o clima de ameaça na série. Simplesmente nada a ver aquela mulher sobrevivendo em uma barraca no meio de uma região infestada de zumbis. Se isso é possível, prisão para quê, então?! Ela só pode ser parenta daquele outro notório survivalista, o maluco da cabana…

A parte do mercado foi simplesmente fantástica e, por isso, darei um desconto para aquele helicóptero… Finalmente, mais um exemplo de uso criativo para a ameaça zumbi. Espero que isso se mantenha.

Mas, aquilo que gostei acima de tudo, foi da nova doença. Esse tipo de coisa é extremamente necessária para viabilizar o perigo dos zumbis. De que adianta você ser hospedeiro de uma doença que vai transformá-lo em um zumbi quando você morrer se ela mesma não te mata? A praga zumbi TWD precisa de mortos. E as mortes dessa doença coloca zumbis dentro de lugares que estão seguros. Para o apocalipse TWD, melhor impossível.

Bem, fiquei entusiasmado. Ainda é cedo para afirmar, mas tenho esperanças no trabalho do Scott!

 

Análise do sobrevivente Dennis Bernardo

Eu gostei muito do episódio mas esperava mais diante de outras premieres fantásticas (a da segunda temporada nem se fala, a mais emocionante! Preto de copas (cartas)) foi interessante ter dado essa voada no tempo, ver Michonne e os ex-moradores de Woodbury se adaptando na prisão, confesso que a cena do supermercado foi muito bem elaborada e inteligente! (Palmas para Greg Nicotero que pensou no walker pendurado pelas tripas! fantástico! hahahaha) Além da cena de Rick com a garota pseudo-zumbi eu gostaria que tivesse tido mais cenas além-prisão, convenhamos que passamos praticamente a terceira temporada inteira rodando entre Prisão-Woodbury/Woodbury-Prisão. Foi muito legal já ver novos personagens na trama, a Beth mais segura de si, Sasha sambando na cara dos walkers e por aí vai. Só estamos começando uma temporada repleta de momentos de tirar o fôlego portanto é só aguardar pelos próximos episódios. Foi só o início. 😉

 

Análise da sobrevivente Isabella Guedes

Bom, vejamos… Foi sim um bom primeiro episódio pois estávamos todos ansiosos para conferir o que mudou na série e tal. Em “30 Days Without An Accident” deu para perceber os detalhes básicos e bem relevantes para a continuidade da série. Por exemplo, Beth estava meio apagada e com a morte de Zack (seu namoradinho) deu pra ela ganhar seus 15 segundos com aquela conversa com o Daryl. E eu achei interessante que apesar de alguns meses já terem passado, os ex-moradores de Woodbury ainda chamam o original grupo do Rick de “senhor”, parece que eles não se acostumaram a viver sem um Governador. O que não deu pra entender muito bem é como, após tantas melhoras na prisão, eles ainda não reforçaram aquela grade. Eles estão vendo que a cada dia há mais mordedores em volta e ignoram completamente a fragilidade do “cercadinho” deles.
A mulher que o Rick encontrou na floresta foi um pouco de enrolação, mas não chegou a ser ridícula. De início, ela enganou, parecia que ele ia levar os dois pro acampamento e tal, mas depois de um certo ponto ficou bem claro: ela queria fazer o Rick de alimento pra ela e pro marido.
O ponto alto do episódio foi, sem dúvidas, a batalha contra os zumbis no supermercado. Com certeza, quando eles começaram a cair todo mundo que tava assistindo pensou: “Ah meu Deus, uma chuva de zumbis! Bem, eu pensei rs. E foi bem interessante, o produtor de TWD foi muito atrevido ao insinuar, mesmo que deixando bem claro que era só uma brincadeirinha, que um helicóptero/avião (não me lembro direito) iria cair no Daryl. Sério, ele está brincando com os fãs.
E, por último, eles poderiam ter aproveitado muito melhor o Greg. Ele realmente poderia ter virado um personagem importante da série e depois, quando morresse, o público ficaria mais comovido. Dava pra fazer muito com ele no decorrer da temporada e durante o episódio, parecia que ia seguir essa linha. Uma das crianças bobas que tratam os zumbis como “pets” poderiam ter morrido no lugar dele!

 

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A discussão está longe de terminar. O que achou dos pontos levantados pela equipe do site e pelos fãs da série? Concorda? Discorda? Tem pontos de vista diferentes dos abordados aqui? Comente conosco!


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Lorraine Suhr
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